Empresários e PM tinham ‘Gatonet’

Responsáveis pela empresa F.F. Caseca Telecomunicações, os empresários Mauro dos Santos Câmara e Andréia Luciana da Conceição, além do policial militar Luis Otávio Falcão, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) e vão responder por crime contra o serviço de telecomunicações (Lei federal nº 9.472/97). Os três são acusados de distribuirem clandestinamente imagens de TV a cabo (prática conhecida como “gatonet”) para mais de 200 casas da comunidade de Vargem Pequena II. Eles mantinham uma estação de transmissão sem autorização da Anatel. Os empresários recebiam o sinal de TV a cabo da Tectelcom e o expandiam ilegalmente para outras casas, além dos pontos que eram efetivamente contratados. Os proprietários das 200 residências pagavam pelo sinal clandestino. A denúncia foi recebida pela 1ª Vara Federal Criminal. A pena prevista para o crime é de dois a quatro anos e multa de R$ 10 mil. Segundo a denúncia, feita pelo procurador da República Eduardo André Lopes Pinto, a irregularidade foi constatada na Operação TV Pirata, de janeiro de 2007. Na época, agentes da Polícia Federal e fiscais da Anatel flagraram equipamentos funcionando na casa de Luis Otávio.

 

Operação Persona: ex-presidente da Cisco ainda é alvo

Ministrio Pblico recorre de absolvio em crime de contrabando que deixou de recolher R$ 3,4 bi em impostos

Mesmo absolvido em primeira instância das acusações pelos crimes de contrabando e uso de documentos falsos, o ex-presidente da Cisco, Carlos Roberto Carnevalli, ainda pode ter problemas. O Ministério Público Federal recorreu ao Tribunal Regional Federal 3 da decisão sentença da 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo que absolveu seis dos 12 acusadospelo MPF na principal ação penal da Operação Persona, que trata de 16 importações fraudulentas realizadas entre 2006 e 2007 e o uso, por 22 vezes, de notas fiscais falsas em operações de compra e venda.

Os envolvidos, segundo a Receita Federal, deixaram de recolher R$ 3,4 bilhões em impostos e multas. Deflagrada em outubro de 2007, a Operação Persona investiga a atuação da Cisco e da Mude na montagem de uma cadeia de empresas interpostas no Brasil e nos Estados Unidos para a realização de diversas fraudes no comércio exterior. A Cisco Systems é líder mundial no segmento de serviços e equipamentos de alta tecnologia para redes corporativas, para internet e telecomunicações.

De acordo com o MPF e a Receita Federal, o esquema usava laranjas para importação, ocultação de patrimônio, contrabando, sonegação fiscal, falsidade ideológica, uso de documento falso, evasão de divisas e corrupção ativa e passiva. Por meio de offshores sediadas em paraísos fiscais – Panamá, Bahamas e Ilhas Virgens Britânicas –, e com quadro societário composto por pessoas de baixo poder aquisitivo, as importações eram solicitadas pelo cliente final junto à multinacional, possibilitando a redução de tributos. Com este esquema era possível a ocultação do real importador, do solicitante e dos reais beneficiários.

As investigações identificaram que, no esquema, eram realizadas operações comerciais simuladas, lastreadas em notas fiscais ideologicamente falsas ou inexistentes, de subfaturamento das importações, que levavam a situações de importações a custo zero e concessão de descontos que atingiam até 100% do valor das mercadorias, fato que inviabilizava a cobrança dos tributos. Segundo a Receita Federal, foram apreendidos R$ 86 milhões em mercadorias na deflagração da operação, e, além do IPI, foram lançados quase R$ 110 milhões entre impostos e multas relativos à Imposto de Renda Pessoa Física, Subfaturamento, Multas e Contribuições Previdenciárias.

Na primeira sentença do caso, em fevereiro, o juiz Luiz Renato Pacheco Chaves de Oliveira condenou seis executivos e funcionários das empresas Mude e What´s Up, esta última reconhecida pela Justiça como o setor de importação da Mude. Em outra sentença mais quatro pessoas foram condenadas. Os executivos José Roberto Pernomian Rodrigues, Moacyr Alvaro Sampaio, Fernando Machado Grecco, Marcelo Naoki Ikeda, Reinaldo de Paiva Grillo e Marcílio Palhares Lemos foram condenados a cinco anos e dois meses em regime fechado pelos crimes de contrabando/descaminho e quadrilha, mas foram absolvidos da acusação de uso de documento falso. Entretanto, o ex-presidente da Cisco, Carlos Roberto Carnevali, um dos sócios da Mude, Hélio Benetti Pedreira, o advogado da empresa Mude, Gustavo Henrique Castellari Procópio, e três funcionários da What´s Up e da Mude, Everaldo Batista Silva, Leandro Marques da Silva e Fábio Vicente de Carvalho, foram absolvidos de todas as acusações.

Para o Ministério Público, os seis acusados pelo crime de descaminho absolvidos neste processo deveriam ser condenados pelas importações fraudulentas da Mude. Carnevalli, no entender do MPF, era sócio-oculto da Mude, e tanto ele quanto os demais acusados “possuíam funções de comando tanto na empresa quanto na coordenação do esquema de importação fraudulenta”. Para as procuradoras da República Ana Letícia Absy e Priscila Costa Schreiner, responsáveis pelo caso, todos os réus devem ser condenados pelo crime de uso de documento falso. Para o juiz, o uso de notas fiscais falsas na execução do crime de descaminho é uma conduta absorvida pelo crime principal. Para o MPF, entretanto, as 22 falsificações de notas fiscais de compra e venda são crimes autônomos e devem ser punidos.

Além do pedido de reconsideração das absolvições, o MPF pediu que as penas sejam aumentadas em virtude da gravidade do delito, da reiteração (são 16 descaminhos), do grande prejuízo ao erário aferido pela Receita Federal, da sofisticação do esquema criminoso, que previa a dupla blindagem do real importador (com o uso da Mude e outras empresas interpostas para ocultar o real comprador dos produtos da Cisco), e da “ganância dos acusados”.

No último dia 21 de março, o juiz Oliveira condenou outros quatro envolvidos na Operação Persona, acusados em outro processo, o que atinge o controlador do grupo South American Overseas (S.A.O.), empresa responsável principalmente pelo desembaraço aduaneiro dos produtos importados, ou seja a parte operacional e logística do esquema, e integrantes do denominado grupo K/E, responsável pelas empresas interpostas (laranjas) em território brasileiro. Neste processo, foram condenados, também pelo crime de descaminho, os diretores do denominado grupo K/E, Cid Guardia Filho, e Ernani Bertino Maciel, o diretor do grupo SAO, Paulo Roberto Moreira, a cinco anos e dois meses de prisão, e um colaborador do grupo K/E, Marcos Zenatti, a dois anos e oito meses de reclusão, pena substituída por prestação de serviços à comunidade. Foi absolvidos um colaborador do grupo K/E, José Carlos Mendes Pires. Os procuradoras do caso já comunicaram à Justiça que também recorrerão dessa sentença.

Empresário que usava sítio para guardar drogas é preso em operação contra tráfico

Uma operação contra o tráfico de drogas foi deflagrada nesta terça-feira(14) pela Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre) e já prendeu pelo menos 10 pessoas, entre elas, um empresário que possui um sítio em Timon que servia para esconder as drogas. A operação foi denominada de Entre Rios e acontece dentro da operação Piauí Seguro que já prendeu mais cinco pessoas acusados de crime com uso da violência ou grave ameaça.

O empresário foi identificado como Carlos Roberto dos Santos, vulgo Baixinho, que segundo a polícia, já é sentenciado por tráfico de drogas no Piauí e na Bahia, mas que continuava atuando no crime.

“Esse, segundo as investigações, seria o chefe da organização, atuando no abastecimento e distribuição dos entorpecentes. Cabe destacar que Carlos, nos últimos anos, mantinha uma vida empresarial, em Teresina e Timon. Na primeira, no ramo de autopeças, mais precisamente no Bairro Tabuleta, Posto Magnólia, onde funciona, em seu nome, a C R dos Santos peças para veículos, e na segunda como produtor rural de melancia”, explica a nota da Secretaria de Segurança.

Carlos Roberto foi preso ontem à tarde, em flagrante, suspeito de transportar drogas ilícitas em Timon. Além dele, Francisco Dalton de Araújo Oliveira e os funcionários do sítio de Carlos, onde a droga seria armazenada, identificados como Hailton da Silva Marques e Manoel Alcides da Silva. As prisões foram realizadas com auxílio da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc-MA) e Polícia Rodoviária Federal (PRF-PI).

“Foi uma investigação desde abril. Contamos com o apoio das polícias do Piauí e Maranhão. Foi preso um empresário que tinha um sítio avaliado em R$ 1 milhão, onde a droga era escondida”, coordenador da Depre, Cadena Júnior, que disse ainda que até o momento foram apreendidas 20 quilos de drogas escondidas em um veículo.

A polícia informou ainda que a atuação do grupo ocorria em Teresina-PI, nos bairros: Dirceu Arcoverde I, Jardim Europa (zona Sudeste), Planalto Bela Vista (zona Sul), São Joaquim (zona Norte); e em Timon-MA, no residencial Novo Tempo e no Povoado São Gonçalo, onde foram identificadas duas propriedades rurais onde seriam armazenadas as drogas. As investigações apontam ainda que parte da droga comercializada era oriunda de Pernambuco.

Foram expedidos mandados de prisão e busca e apreensão determinados pelo juiz de Direito, Luiz de Moura Correia, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina-PI, que foram cumpridos também contra José Terto da Silva Filho, Fabricia Abreu Fernandes Noronha, David dos Santos Bonfim, Sebastião Rodrigues Marques e Daniela Rodrigues Marques de Oliveira, pai e filha respectivamente, que seriam supostamente os responsáveis pela guarda e depósito dos entorpecentes.

Os delegados da Polícia Civil responsáveis pelo inquérito policial, que resultou na referida operação, são Matheus Lima Zanatta e Walter Pereira da Cunha Junior, da Depre.

PF PRENDE CERCA DE 90 ACUSADOS DE COMÉRCIO ILEGAL DE CIGARROS

Cerca de 750 agentes da Polícia Federal cumprem, desde às 7h desta terça-feira (10), mandados de busca, apreensão e prisão em onze Estados. A Operação Bola de Fogo tenta desmontar um esquema de comércio clandestino de cigarros em todo o País. Pelo menos 92 pessoas já foram presas, sendo 26 em Mato Grosso do Sul, 30 no Rio Grande do Sul e 15 em São Paulo. Os Estados dos outros presos ainda não foram divulgados.
A PF do Mato Grosso do Sul informou que entre os presos estão dois policiais federais, acusados de passar informações privilegiadas para a quadrilha, e funcionários da Receita Federal, que faziam alterações de dados no sistema para “esquentar” as mercadorias contrabandeadas. Inicialmente, a PF havia divulgado que 40 pessoas tinham sido detidas em MS, mas este é, na verdade, o número de mandados de prisão a serem cumpridos.

Um dos presos em São Paulo é um dos sócios da empresa Sudamax Indústria e Comércio de Cigarros Ltda, que é suspeita de pertencer ao esquema de contrabando. A PF prendeu o suspeito na Rua Alabastro, na Aclimação, Zona Sul de São Paulo, com R$ 130 mil em moeda nacional e estrangeira. O outro, um auditor da Receita Federal, foi preso em Higienópolis.

A polícia do RS cumpriu 30 mandados de prisão, sendo 6 preventivas e 24 temporárias, em 12 cidades: Uruguaiana, Alegrete, Frederico Westphalen, Sobradinho, Candelária, Pelotas, Gravataí, São Luiz Gonzaga, Guarani Das Missões, Cerro Largo, São Borja, Dois Irmãos. Além disso, a PF cumpriu 47 mandados de busca e apreensão. A operação busca cigarros e documentos das empresas envolvidas no esquema.

A operação é resultado de dois inquéritos instaurados no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. A polícia identificou três organizações criminosas que envolviam fábricas de cigarros no Brasil e no Paraguai. Nos últimos dois anos, a PF aprendeu mais de 23 mil caixas de cigarro que pertenceriam ao grupo, no valor de R$ 13 milhões.

A primeira organização seria chefiada por Georges Delgado Garcete, que é acusado de contrabandear cigarros, além de armas e entorpecentes. Parentes e funcionários dele faziam papel de “laranjas” na abertura de empresas do ramo da construção civil, que acobertavam transações ilícitas.

A segunda organização era encabeçada pela Sudamax, que fica em Cajamar, na Grande São Paulo. Esta empresa possui uma fábrica “espelho” no Paraguai chamada Tabacalera Sudan SRL, que produz cigarros da marca US Mild. A PF descobriu que o cigarro também é produzido na empresa brasileira, que faz o produto parecer contrabandeado. O dinheiro ganho com o golpe era aplicado em empresas do setor imobiliário e offshore sediadas no Uruguai.

A investigação da Sudamaz levou à terceira organização criminosa, chefiada pela Distribuidora de Alimentos e Produtos de Consumo Dunas, sediada em Natal (RN). Os sócios da empresa são acusados de distribuir os cigarros adquiridos na empresa brasileira e na Tabacalera Sudan. A PF suspeita que as três organizações substituíram Roberto Eleutério da Silva, o Lobão, detido em 2003, no comércio ilegal de cigarros.

A ação está centralizada em Mato Grosso do Sul, mas também são cumpridos mais de cem mandados no Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Goiás, Rio Grande do Norte, Pará, Mato Grosso, Maranhão, Ceará e Rio de Janeiro. Os presos são acusados de contrabando, descaminho, sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva, exploração de prestígio, falsidade ideológica, evasão de divisas, lavagem e ocultação de ativos ilícitos.

PF divulga nomes dos presos da Operação Alcaides

A Polícia Federal (PF) divulgou na tarde desta terça-feira (14) o nome das 16 pessoas detidas durante a Operação Alcaides iniciada nesta madrugada em Pernambuco. Entre elas foram detidas Numeriano Martins, prefeito de Águas Belas; Otaviano Martins, prefeito de Manari; Manoel Ferreira dos Santos, prefeito de Tupanatinga; Claudiano Martins, deputado estadual reeleito pelo PMDB e Braz José Memésio Silva ex-prefeito de Itaíba.

Foram presos ainda Edilázio Vanderlei de Lima, Valter Vieira Martins, Diozino Roberto Vanderlei, Claudilene Soares da Silva, Josenaide Henrique Saraiva, Lúcia de Fátima Andrade, Teresa Cristina da Silva, Severino Monteiro da Silva, Sirlei Oliveira de Melo, Marinaldo José da Silva e Josenildo Anselmo. Os suspeitos são servidores ou comerciantes dos municípios de Itaíba, Águas Belas, Manari, Tupanatinga, Lagoa dos Gatos, Agrestina, Cupira e Panelas.

Estas pessoas ficarão detidas na carceragem da PF, no bairro do Recife. O deputado Claudiano Martins foi preso na cidade de Caxias, no Maranhão, e deve chegar à capital pernambucana nesta quarta (15) ou quinta-feira (16).

De acordo com o chefe de comunicação da Polícia Federal, Aldemir Lucena, ainda faltam ser presos mais cinco acusados. “A Polícia irá continuar o trabalho de insvestigação até que elas sejam localizadas”.

Eles responderão por crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, desvio de verbas públicas, que poderia chegar a R$ 10 milhões, fraude em procedimentos licitatórios, tráfico de influência, uso de documentos públicos, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e falsidade ideológica.

Cerca de 200 agentes da PF cumpriram todos os 45 mandados de busca e prisão e faltam ser cumpridos mais cinco mandados de prisão. Todos foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

Nas prefeituras foram apreendidos nas prefeituras documentos e computadores com informações que devem servir para dar andamento às investigações. A operação é uma ação conjunta da Polícia Federal do Distrito Federal, além dos estados de Alagoas, Sergipe e Paraíba.

Prefeitos são detidos pela Operação Alcaides da PF

Chegaram na tarde, desta terça-feira (14), na sede da Polícia Federal (PF), no bairro do Recife, os irmãos Claudiano Martins, deputado estadual reeleito pelo PMDB, Numeriano Martins, prefeito de Águas Belas, e Otaviano Martins, prefeito de Manari. As prisões fazem parte da Operação Alcaides iniciada na madrugada desta terça.

Estão presos na carceragem da PF 16 pessoas suspeitas de praticarem crimes como desvio de verbas públicas que chega a R$ 10 milhões, fraudes de licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção, advocacia administrativa e falsidade ideológica praticadas nas prefeituras do interior do Estado.

Entre os presos está o prefeito de Tupanatinga, Manoel Ferreira dos Santos, o primeiro prefeito a ser detido, cinco suspeitos de Panelas, dois de Lagoa dos Gatos, dois de Garanhuns, dois de Itaíba, um de Águas Belas e um de Tupanatinga.

Os agentes da PF estão cumprindo 45 mandados de busca e prisão e 21 mandados de prisão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, nas prefeituras dos municípios de Itaíba, Águas Belas, Manari, Tupanatinga, Lagoa dos Gatos, Agrestina, Cupira e Panelas. Estas cidades apresentam o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País.

Uma das líderes desse esquema já foi identificada – é uma mulher conhecida como Adriana. A PF já confirmou a participação da presidente da comissão de licitação da prefeitura de Panelas, Lúcia de Fátima Andrade Melo. O prefeito de Panelas, Carlos Frederico Moreira Lima, também está sendo investigado pela Operação Alcaides.

Também foram apreendidos nessas prefeituras documentos e computadores com informações que devem servir para dar andamento às investigações. A operação é uma ação conjunta com as polícias do Distrito Federal, Alagoas, Sergipe e Paraíba.

Parentes e advogados das pessoas detidas acompanharam na sede da P os depoimentos. Uma coletiva à imprensa deve ser realizada por volta das 16h na sede da Polícia Federal (PF), no Cais do Apolo, para divulgar o balanço da Operação, que deve terminar entre as 13h e 15h, segundo informou o chefe de comunicação social da PF, Aldemir Lucena.

Desde 2005. a Controladoria Geral da União vem investigando esses municípios e as denúncias de fraudes nas prefeituras do interior do Estado.

RÊMORA – A Polícia Federal (PF) realiza no Pará e no Amazônas uma operação semelhante à Alcaides. A Operação Rêmora investiga fraudes em licitações e na arrecadação da receita previdenciária. Ainda não se sabe se alguém já foi detido nessa operação.

Preso empresário suspeito de comandar organização criminosa

Operação Entre Rios

Operação Entre Rios
 

 A Delegacia Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE) deflagrou, na manhã desta terça-feira (14), a Operação Entre Rios e até o momento já prendeu 15 pessoas acusadas de tráfico de drogas. Entre os presos está um empresário que tem um sítio em Timon (MA) e usava para esconder drogas. O objetivo da operação é identificar e localizar os integrantes de organização criminosa, responsável pela prática dos crimes de tráfico e associação para o tráfico em Teresina e Timon (MA). 

Segundo informações repassadas pela DEPRE, a quadrilha atua nos bairros Dirceu Arcoverde I, Jardim Europa, Planalto Bela Vista, São Joaquim, em Teresina, e também no residencial Novo Tempo e no Povoado São Gonçalo na cidade vizinha, em Timon (MA). Em Timon foram identificadas duas propriedades rurais para armazenar os entorpecentes. Parte da droga comercializada era oriunda do Estado do Pernambuco. 

Presos 

Entre os investigados está Carlos Roberto dos Santos, vulgo baixinho, que já é sentenciado pela infração penal de tráfico de drogas em processo do ano de 2006 pelo Estado do Piauí, bem como pelo Estado da Bahia em ação penal de 2005. Segundo as investigações,  Carlos Roberto seria o chefe da organização, atuando no abastecimento e distribuição dos entorpecentes. Cabe destacar que Carlos, nos últimos anos, mantinha uma vida empresarial, em Teresina e Timon. Em Teresina ele atua no ramo de autopeças, mais precisamente no Bairro Tabuleta, no Posto Magnólia, onde funciona, em seu nome, a C R DOS SANTOS PEÇAS PARA VEÍCULOS, e em Timon como produtor rural de melancia. 

Os demais participantes são Francisco Dalton de Araújo Oliveira e José Terto da Silva Filho (atuam na venda de drogas ilícitas), Fabricia Abreu Fernandes Noronha, David dos Santos Bonfim, Sebastião Rodrigues Marques e Daniela Rodrigues Marques de Oliveira, pai e filha respectivamente (responsáveis pela guarda e deposito dos entorpecentes). Todos os investigados tiveram expedidos em seus desfavores Mandados Judicias de prisão e busca e apreensão, ambos determinados pelo Juiz de Direito, Luiz de Moura Correia da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina-PI. 

Na tarde de ontem (13), Carlos Alberto, Francisco Dalton, Hailton da Silva Marques e Manoel Alcides da Silva, foram presos em flagrante pelo crime de transporte de drogas ilícitas, na Cidade de Timon-MA, com o auxílio da SENARC-MA e PRF-PI. 

A Operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Piauí, por meio da e Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí, e apoio da Polícia Militar. Os Delegados da Polícia Civil responsáveis pelo Inquérito Policial, que resultou na referida operação, são Matheus Lima Zanatta e Walter Pereira da Cunha Junior, ambos lotados Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes.  

MPF denuncia empresários potiguares por evasão de mais de 5 milhões de dólares

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou os empresários Fernando Luiz Altino de Paiva, João Maria Vidal de Lima e Francisco de Assis Araújo, conhecido como “Ticão”, por evasão de divisas.
 
Eles enviaram ilegalmente para o exterior 5,2 milhões de dólares, utilizando documentos falsos para simular importações de produtos de informática.

Os três administravam, de fato, a Campos Informática Ltda. – localizada em Natal – e cometeram os crimes entre agosto de 2010 e março de 2011. Um deles, o “Ticão”, já foi condenado duas vezes por crime contra o sistema financeiro nacional e chegou a ser preso preventivamente na “Operação Testamento”.

Ao todo, o grupo realizou 46 operações de câmbio para o pagamento das importações fictícias, em uma quantia exata de U$ 5.234.835,60.

Eles informavam aos bancos que os valores representavam o pagamento de mercadorias já embarcadas com destino ao Brasil, porém esses produtos jamais chegaram ao país, porque de fato nunca existiram.

“As informações, ideologicamente falsas, prestadas por eles ao Banco Central tinham como finalidade exclusiva obter sua autorização formal para evadir divisas do país”, aponta o procurador da República Fernando Rocha, que assina a denúncia.

O Banco Central informou ainda a aplicação de uma multa de R$ 1,8 milhão à empresa, “sem que tenha sido apresentado recurso, estando em curso para a inscrição do débito na dívida ativa”.

Para o MPF, isso representa mais um indício de ilegalidade, “pois não seria natural que uma empresa, em exercício legítimo de suas atividades, admitisse ser multada em tão vultosa quantia sem apresentar sequer uma impugnação”.

Proprietária – Parte dos documentos e das assinaturas utilizados para registrar e administrar a empresa eram falsos e a suposta proprietária só descobriu a existência de sua relação com a Campos quando tentou se inscrever no programa “minha casa minha vida”, nunca tendo sequer residido ou visitado o Rio Grande do Norte.

O Coaf apontou diversas movimentações bancárias suspeitas por parte dos envolvidos e da Campos. Foram recebidos depósitos de diversas empresas de fora do estado, incluindo transferências de grandes valores, sem que tenha sido possível estabelecer uma relação comercial capaz de justificar esses repasses. No mesmo dia de alguns dos depósitos, o grupo promovia as operações fraudulentas de importação.

“Restou evidente que os denunciados, por meio de documentos falsos, constituíram uma sociedade empresarial de fachada, com a finalidade de realizar a evasão de divisas, cujos valores possuem origem desconhecida”, resume a denúncia.

O processo tramita na Justiça Federal sob o número 0807677-91.2020.4.05.8400.

Quem é o empresário preso em GO por mandar incendiar helicópteros do Ibama no AM

Aparecido Naves Junior, de 35 anos, foi preso em uma casa de alto padrão, no condomínio Jardins Lisboa. Polícia Federal constatou ligação dele com garimpo ilegal na Amazônia.

Um empresário foi preso nessa quarta-feira (2), em Goiânia (GO), suspeito de ser o mandante do incêndio criminoso de dois helicópteros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ocorrido em Manaus (AM), no dia 24 de janeiro deste ano.

Qual o nome dele?

O empresário se chama Aparecido Naves Junior, e tem 35 anos. Ele é de Goiânia, capital de Goiás.

Qual é a atividade dele?

De acordo com a PF, a investigação constatou que ele tem ligação com atividade ilegal de garimpo na terra indígena Yanomami, em Boa Vista (RR).

Ele também trabalha no ramo de leilão de veículos e venda de peças e acessórios para motos. Ele é um dos donos de uma empresa de peças de motos chamada Naves Miranda Auto Peças, de Abadia de Goiás (GO).

Onde ele foi preso?

Empresário é preso em casa de alto padrão em Goiânia suspeito de mandar queimar helicópteros do Ibama no Amazonas. — Foto: Divulgação/PF

Empresário é preso em casa de alto padrão em Goiânia suspeito de mandar queimar helicópteros do Ibama no Amazonas. — Foto: Divulgação/PF

Ele foi preso nessa quarta-feira em uma casa de alto padrão, no condomínio Jardins Lisboa, em Goiânia. No local, havia carros de luxo.

Segundo a PF, dias antes do ataque aos helicópteros, ele esteve em Manaus. Dias depois, seguiu para Boa Vista (RR) e, então, voltou a Goiânia.

Qual a participação dele no crime?

Ele teria planejado o ataque como forma de represália às operações que o Ibama e a PF realizaram em 2021 contra o garimpo ilegal. Outros cinco homens foram presos suspeitos de envolvimento no incêndio criminoso.

A Polícia Federal informou que chegou até Aparecido após identificar o carro que ajudou na fuga dos homens que incendiaram os helicópteros. O motorista foi preso. Em seguida, os dois homens suspeitos de atearem fogo nas aeronaves também foram presos.

Eles apontaram outros dois homens que teriam encomendado o crime. Segundo a PF, os cinco homens presos, na semana passada, apontaram o empresário como mandante do incêndio criminoso.

 

Quem é o empresário preso em GO por mandar incendiar helicópteros do Ibama no AM

Aparecido Naves Junior, de 35 anos, foi preso em uma casa de alto padrão, no condomínio Jardins Lisboa. Polícia Federal constatou ligação dele com garimpo ilegal na Amazônia.

Um empresário foi preso nessa quarta-feira (2), em Goiânia (GO), suspeito de ser o mandante do incêndio criminoso de dois helicópteros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ocorrido em Manaus (AM), no dia 24 de janeiro deste ano.

Qual o nome dele?

O empresário se chama Aparecido Naves Junior, e tem 35 anos. Ele é de Goiânia, capital de Goiás.

Qual é a atividade dele?

De acordo com a PF, a investigação constatou que ele tem ligação com atividade ilegal de garimpo na terra indígena Yanomami, em Boa Vista (RR).

Ele também trabalha no ramo de leilão de veículos e venda de peças e acessórios para motos. Ele é um dos donos de uma empresa de peças de motos chamada Naves Miranda Auto Peças, de Abadia de Goiás (GO).

Onde ele foi preso?

Empresário é preso em casa de alto padrão em Goiânia suspeito de mandar queimar helicópteros do Ibama no Amazonas. — Foto: Divulgação/PF

Empresário é preso em casa de alto padrão em Goiânia suspeito de mandar queimar helicópteros do Ibama no Amazonas. — Foto: Divulgação/PF

Ele foi preso nessa quarta-feira em uma casa de alto padrão, no condomínio Jardins Lisboa, em Goiânia. No local, havia carros de luxo.

Segundo a PF, dias antes do ataque aos helicópteros, ele esteve em Manaus. Dias depois, seguiu para Boa Vista (RR) e, então, voltou a Goiânia.

Qual a participação dele no crime?

Ele teria planejado o ataque como forma de represália às operações que o Ibama e a PF realizaram em 2021 contra o garimpo ilegal. Outros cinco homens foram presos suspeitos de envolvimento no incêndio criminoso.

A Polícia Federal informou que chegou até Aparecido após identificar o carro que ajudou na fuga dos homens que incendiaram os helicópteros. O motorista foi preso. Em seguida, os dois homens suspeitos de atearem fogo nas aeronaves também foram presos.

Eles apontaram outros dois homens que teriam encomendado o crime. Segundo a PF, os cinco homens presos, na semana passada, apontaram o empresário como mandante do incêndio criminoso.