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Notícias

Justiça descobre idoso que desconhecia ação contra banco em investigação sobre advocacia predatória

Operação Anarque, do Gaeco, revela fraudes em processos envolvendo vulneráveis; advogado Luiz Fernando Cardoso Ramos é suspenso.

A Justiça de Eldorado (MS) identificou um caso emblemático de advocacia predatória durante o pente-fino iniciado após a Operação Anarque, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Um idoso de 82 anos descobriu que tinha um processo contra o Banco Itaú, mesmo sem nunca ter autorizado ou sequer ter conhecimento da ação.

A prática da advocacia predatória consiste no ajuizamento em massa de ações semelhantes contra instituições financeiras e outros alvos, muitas vezes sem o consentimento dos supostos clientes.

Idoso desconhecia ação e processo foi extinto

No caso identificado em Eldorado, o pedido movido em nome do idoso exigia a devolução em dobro de R$ 3.059,36 e uma indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil.

“Tendo em vista o envolvimento do patrono da parte executada nos fatos investigados pela Operação Anarque, esta foi intimada pessoalmente para regularizar sua representação. A parte executada, por meio da Defensoria Pública, informou que não tinha conhecimento do processo”, afirmou a juíza Raissa Silva Araújo.

Diante da irregularidade, a magistrada determinou a extinção do processo sem resolução de mérito, destacando a ausência de um pressuposto fundamental para a validade da ação.

O advogado Luiz Fernando Cardoso Ramos, que já havia sido preso durante a Operação Anarque, foi condenado a arcar com as custas processuais e honorários advocatícios do banco.

Justiça reforça pente-fino em processos suspeitos

A Justiça de Eldorado tem convocado clientes de advogados investigados para comparecerem ao cartório e confirmarem se, de fato, autorizaram as ações judiciais movidas em seus nomes.

“Apesar das diversas medidas adotadas por este juízo em centenas de processos, o escritório advocatício que patrocina a parte autora insiste no método irregular, resistindo a cooperar e corrigir as falhas apontadas”, destacou a magistrada.

As investigações indicam que muitos dos processos são ajuizados sem o conhecimento dos clientes, especialmente contra bancos e instituições financeiras.

Esquema milionário e exploração de vulneráveis

A Operação Anarque, conduzida pelo Gaeco, revelou a existência de duas organizações criminosas lideradas por advogados que ingressaram com mais de 70 mil ações judiciais em todas as regiões do país.

As ações, muitas vezes consideradas temerárias pelo Poder Judiciário, tinham como foco alegar fraudes em empréstimos consignados, utilizando procurações obtidas de idosos, deficientes e indígenas para ingressar com processos em seus nomes.

Cerca de 10% das ações terminavam com vitória na Justiça, enquanto outras eram resolvidas por meio de acordos em massa com instituições financeiras.

As investigações apontam que, em menos de cinco anos, os advogados responsáveis pelo esquema movimentaram cerca de R$ 190 milhões, explorando pessoas em situação de pobreza e vulnerabilidade social.

A Justiça segue monitorando os processos ligados a esses escritórios e impondo sanções aos advogados envolvidos, a fim de coibir essa prática que compromete a integridade do sistema judicial.

Presa por estelionato, ex de rapper gringo e atriz: quem é Ray Figliuzzi, nova namorada de Belo

Modelo já é chamada de “primeira-dama” por amigos do cantor

O cantor Belo está vivendo um novo amor. A modelo Rayane Figliuzzi, de 27 anos, é apontada como sua nova namorada e está ao lado dele em seu cruzeiro temático. Amigos próximos do casal já se referem a Rayane como “primeira-dama”.

Passado com rapper norte-americano

Rayane Figliuzzi não é desconhecida do público. Em 2020, ela ganhou destaque nas mídias ao ser vista acompanhando o rapper norte-americano Tyga durante sua visita ao Brasil. A modelo tornou-se a companhia inseparável do cantor durante sua estadia no Rio de Janeiro, depois de se conhecerem por meio de um amigo em comum.

Polêmicas e problemas legais

Rayane tem um histórico marcado por polêmicas. Em 2022, foi presa sob acusação de estelionato, apontada como integrante de uma quadrilha de clonagem de cartões de crédito. Apesar disso, ela se descreve como empresária e atriz em suas redes sociais, onde acumula mais de 100 mil seguidores. Ray é dona de uma marca de biquínis, frequentemente posando com as peças para promover seus produtos.

Vida pessoal e trajetória profissional

Natural de Petrópolis, Rayane foi casada até 2019 com um empresário carioca mais velho. Além de atuar como modelo em eventos e catálogos, ela fez curso de interpretação na escola do diretor Wolf Maya e chegou a atuar em alguns trabalhos.

Rayane também ocupou um cargo comissionado na Fundação CEPERJ da Secretaria de Estado da Casa Civil e Governança do Rio de Janeiro, onde recebia um salário de R$ 3.650,00. No entanto, não havia registro de publicações sobre esse trabalho em suas redes sociais. Ela foi exonerada do cargo em 2020.

Romance com Belo

Atualmente, Rayane vive um romance com Belo, que recentemente ganhou os holofotes com o lançamento de um documentário sobre sua vida. Durante o cruzeiro temático do cantor, Rayane se hospedou em uma cabine luxuosa avaliada em R$ 50 mil, reforçando sua posição de destaque ao lado do pagodeiro.

Apesar das polêmicas, Rayane Figliuzzi segue construindo sua vida como empresária e modelo, agora com a atenção redobrada devido ao relacionamento com um dos maiores nomes do pagode brasileiro.

Último foragido pela execução do bicheiro Fernando Iggnácio é preso no Paraguai

Pedro Emanuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro, conhecido como Pedrinho, foi capturado em Ciudad del Este pela Polícia Nacional do Paraguai, com apoio da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Foragido pela execução de Fernando Iggnácio é capturado

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Pedro Emanuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro, o Pedrinho, último foragido pelo assassinato do bicheiro Fernando Iggnácio. A prisão ocorreu em Ciudad del Este, Paraguai, na noite de sexta-feira (3).

Fernando Iggnácio, genro de Castor de Andrade e herdeiro de parte de seu império, foi morto em uma emboscada em 10 de novembro de 2020, no Recreio dos Bandeirantes. Ele foi alvejado por tiros de fuzil 556 logo após desembarcar de um helicóptero vindo de Angra dos Reis.

Participação no crime

As investigações apontaram que Pedrinho, ex-policial militar, foi responsável por estudar a rotina de Iggnácio e realizar levantamentos sobre armas usadas no crime. Além disso, ele analisou outros casos de execução para planejar a ação contra o bicheiro.

Após o assassinato, Pedrinho fugiu para o Paraguai e foi capturado ao tentar emitir documentos falsos.

Os envolvidos no crime

Além de Pedrinho, outros envolvidos foram identificados:

  • Rodrigo Silva das Neves: preso em janeiro de 2021 na Bahia.
  • Otto Samuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro: irmão de Pedrinho, preso em fevereiro de 2023 no Paraná.
  • Ygor Rodrigues Santos da Cruz, o Farofa: encontrado morto em 2022 no Recreio.

O policial militar reformado Márcio Araújo de Souza, apontado como contratante do grupo, se entregou à polícia em fevereiro de 2021.

Disputa pelo império do jogo do bicho

A rivalidade entre Rogério Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, e Fernando Iggnácio remonta aos anos 1990. Após a morte de Castor em 1997, seu império foi dividido entre Iggnácio e Paulinho Andrade, filho de Castor.

Paulinho foi assassinado em 1998, crime atribuído a Rogério Andrade, que passou a disputar o controle dos territórios de Iggnácio.

Entre 1999 e 2007, a guerra pelo poder resultou em mais de 50 mortes, incluindo policiais envolvidos com os contraventores, conforme investigações da Polícia Federal.

Rogério Andrade, apontado como mandante do assassinato de Fernando Iggnácio, foi preso em outubro de 2024 e transferido para o Presídio Federal de Campo Grande, onde cumpre pena.