Empresário é preso por porte ilegal de armas e adulteração de cosméticos em Amparo; casa com caveiras na fachada tinha fuzil

Prisão foi em flagrante na manhã desta sexta-feira (17). Rede de comércio de cosméticos foi alvo de apuração na principal rua do Centro, que foi interditada.

Um empresário do ramo de cosméticos foi preso em flagrante nesta sexta-feira (17) em Amparo (SP) por porte ilegal de armas e adulteração de produtos cosméticos – considerado crime hediondo, segundo a Polícia Civil.

Ele estava com uma pistola e, na residência, fuzil, munições e outras armas foram apreendidas – segundo o delegado que cuida do caso, havia um fuzil .45 e dois 380. O imóvel chama atenção por ter cartazes com caveiras na extensão do muro.

A Polícia Civil informou que seis endereços foram investigados ao todo, sendo cinco em Amparo – a casa dele, três lojas e um galpão – e uma fábrica em Monte Alegre do Sul (SP), onde foram constatadas ilegalidades verificadas junto à Polícia Científica e à Vigilância Sanitária.

Outras duas pessoas ligadas ao empresário também estão sendo investigadas, a esposa dele e um técnico que manuseia produtos químicos.

Os dois foram presos, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas foi concedida liberdade provisória na audiência de custódia. Já o empresário permanece preso.

O caso está sendo apurado na Delegacia de Amparo. O Grupo de Operações Especiais (GOE) também participou da operação.

Detido com arma na cintura

O empresário foi detido em uma rua da cidade, dirigindo o próprio carro e com a arma na cintura. O veículo não foi apreendido.

Uma das lojas de cosméticos que pertencem ao suspeito fica na Rua 13 de Maio, principal via do Centro, que precisou ser interditada no fim da manhã, quando a operação ainda estava em andamento – veja no vídeo abaixo.

Na casa do empresário também foram encontrados anabolizantes e seringas, em pouca quantidade, configurados para uso pessoal, informou a polícia.

 

Delegado que indiciou vereador envolvido com “rinhas de galo” é removido de cidade após ameaças de morte

O Conselho Superior da Polícia Civil aprovou nessa quarta-feira (15.02), por unanimidade, a remoção do delegado do município de Brasnorte (a 571 km de Cuiabá), Eric Fantin, para a cidade de Juara, por causa do “risco a integridade física de grau elevado”.

No documento, não foi informado qual seria o motivo que decorreu em “risco à integridade” do delegado. No entanto, em sua página oficial do Instagram, Eric afirmou que havia sido removido, pois a Polícia Civil teria tomado conhecimento de um plano para tirar sua vida, no qual “os corruptos da cidade ofereciam R$ 1 milhão de reais!”.

“Fui removido porque a Polícia Civil tomou conhecimento de um plano para tirar a minha vida, no qual os corruptos da cidade ofereceram R$ 1 milhão de reais!”.

O delegado disse ainda que teria que tirar o chapéu para a esperança que “eles” [corruptos] tinham de conseguir queimá-lo. “Mas tenho que tirar o chapéu para esperança que eles têm de conseguir me queimar kkkkkk”.

Ainda nesta semana, o delegado Eric Márcio Fantin, indiciou o vereador do município de Brasnorte, Reginaldo Carreirinha (MDB), e outras duas pessoas por envolvimento com “rinhas de galo”. Consta das investigações, que o parlamentar teria se gabado de receber R$ 100 mil em uma única luta entre os animais na cidade.

Outro lado – A reportagem do , na manhã desta quinta-feira (16), entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil, que confirmou que o delegado Eric Marcio Fantin, foi removido de Brasnorte para Juara. A assessoria informou que até o fim do dia será emitida uma nota a respeito do caso.  

Atualizada às 11h26 – Em nota a Polícia Civil informou:

O Conselho Superior da Polícia Civil de Mato Grosso, atendendo a critérios técnicos, aprovou a remoção do delegado Eric Fantin, da Delegacia de Brasnorte para a Delegacia de Juara.

Na íntegra: “A Polícia Civil esclarece que a remoção foi baseada em análises técnicas que não guardam relação com as atividades investigativas realizadas pela autoridade policial. A instituição fará a análise dentro dos quadros da Polícia Civil para definir o novo nome que assumirá a Delegacia de Brasnorte”.

PF prende suspeitos de fraude em negociações com jogadores de futebol

A Polícia Federal prendeu na manhã de hoje (8) cinco suspeitos de fazer parte de um esquema de transações financeiras ilícitas, envolvendo principalmente negociações com jogadores de futebol. A chamada Operação Firula resultou na prisão dos empresários Reinaldo Pitta e Alexandre Martins, de Renata Pitta, Rodrigo Pitta, filhos de Reinaldo, e Aloísio Faria de Freitas.

Segundo a polícia, eles são suspeitos de participar de sonegação fiscal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, através de um esquema que utiliza empresas sediadas em paraísos fiscais (offshores), doleiros e outros cúmplices. Sessenta agentes da PF participam da operação e foram expedidos, além dos cinco mandados de prisão, 19 mandados de busca e apreensão na cidade.

Assim como a Operação Babilônia, iniciada na última terça-feira (6) para combater um esquema de fraude, as investigações da Operação Firula começaram em junho deste ano e foram baseadas nos fatos apurados durante o caso Propinoduto, um esquema de corrupção envolvendo fiscais da Receita Federal, auditores e empresários. Reinaldo Pitta e Alexandre Martins já haviam sido presos em 2003 por suspeita de envolvimento no escândalo do Propinoduto. Eles recorriam da decisão em liberdade.

 

MP faz operação contra bicheiros e PMs no Rio de Janeiro

Entre os alvos, estão os bicheiros Bernardo Bello e Marcelo Simões Mesqueu, o Marcelo Cupim, além de oficiais da PM do Rio

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpre 26 mandados de prisão na manhã desta terça-feira (29/11) no âmbito da Operação Fim da Linha, contra crimes de de corrupção e lavagem de dinheiro provenientes da exploração de jogos de azar, na capital carioca. Entre os alvos, estão os bicheiros Bernardo Bello (foto em destaque) e Marcelo Simões Mesqueu, o Marcelo Cupim. Bello é ex-presidente da escola de samba Unidos da Vila Isabel e considerado um dos chefes da contravenção no Rio de Janeiro.

De acordo com a força-tarefa, até o momento 10 pessoas foram presas. Bello, contudo, ainda não foi encontrado.

Além dos mandados de prisão, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) faz busca e apreensão em 57 endereços, incluindo a residência do coronel Rogério Figueredo de Lacerda, ex-secretário estadual de Polícia Militar.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O MP abriu a investigação a partir da descoberta de um bingo clandestino que funcionaria em Copacabana com a permissão de policiais militares.

Os alvos são acusados de confeccionar cartelas para bingos ilegais explorados por organizações criminosas no Rio, entre os quais este de Copacabana, Zona Sul do Rio. De acordo com as investigações, os grupos criminosos fraudam jogos, corrompem PMs e se valem da violência para comandar os territórios onde são exploradas as jogatinas ilegais.

Ao todo, quatro oficiais da PM são alvo de busca e apreensão. O coronel Figueredo foi destituído do cargo de secretário da PM em agosto do ano passado.

Em janeiro deste ano, Bernardo Bello, outro alvo da operação, foi surpreendido e preso no aeroporto de Bogotá, na Colômbia. Ele supostamente seguia uma rota de fuga. Bello é acusado de mandar matar o Alcebíades Garcia, o Bid, na disputa de pontos de caça-níqueis e jogo do bicho. Ele acabou libertado e retornou ao Brasil por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

PF estima que empresários presos durante Operação Firula tenham movimentado US$ 24 milhões

A Polícia Federal estima que os empresários presos hoje (8) de manhã, durante a Operação Firula, em um condomínio de luxo da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, tenham movimentado em dois anos cerca de US$ 24 milhões. Eles são suspeitos de utilizar um esquema de transações financeiras ilícitas, envolvendo negociações com jogadores de futebol. Por meio do esquema, os empresários teriam cometido os crimes de evasão de divisas, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Foram presos Alexandre Martins e Reinaldo Pitta. Eles são conhecidos por terem agenciado no passado o jogador Ronaldo Nazário, da Seleção Brasileira de Futebol Também foram presos os filhos de Pitta – Renata e Rodrigo Pitta – e Aloísio Faria de Freitas, que seria responsável pelas articulações financeiras.

Segundo o delegado Bruno Ribeiro Castro, da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros, os empresários depositavam o dinheiro que recebiam como comissão pela venda de jogadores de futebol no exterior em contas de doleiros, em paraísos fiscais. Esses mesmos doleiros, que também teriam contas bancárias no Brasil, transferiam o valor em reais correspondente ao depósito para contas de empresas nacionais. Dessa forma, o dinheiro entrava no país sem ser declarado à Receita Federal.

Os empresários Alexandre Martins e Reinaldo Pitta já haviam sido presos em 2003 por envolvimento no escândalo do propinoduto, um esquema de corrupção e fraudes na arrecadação de tributos no Rio. O esquema foi descoberto durante investigações de promotores suíços, que verificavam informações sobre grandes depósitos irregulares em bancos daquele país. Foram localizados US$ 33,4 milhões. Um dos beneficiários dos depósitos era Rodrigo Silveirinha Corrêa, que foi subsecretário de Administração Tributária de estado do Rio, durante o governo de Anthony Garotinho, além de fiscais e auditores das receitas Federal e do Rio. Os envolvidos foram condenados por evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Martins e Pitta também participaram do esquema e cumpriram mais de um ano de prisão. Eles foram soltos por uma decisão do Supremo Tribunal Federal e ganharam o direito de recorrer da sentença em liberdade.

Desde o escândalo, os empresários tiveram seus bens bloqueados. Segundo a polícia, para continuar praticando irregularidades semelhantes às do esquema do propinoduto, foram montadas pelo menos dez empresas no nome dos filhos de Pitta. “Por causa do bloqueio, eles constituíram outras empresas para poder voltar a operar. Eles utilizam outras empresas para viabilizar o retorno do capital que tinham no exterior”, afirmou o delegado.

A Polícia Federal suspeita ainda que jogadores de futebol agenciados pelos empresários também tenham se beneficiado do esquema. “O esquema deles também propiciava que jogadores transferissem para o Brasil recursos que têm no exterior, sem passar pelo Fisco”, disse Bruno Ribeiro Castro.

Assim como a Operação Babilônia, deflagrada na última terça-feira (6) para desarticular um esquema de fraude montado por mais de 30 empresas nos últimos dez anos e estimado em pelo menos US$ 30 milhões, as investigações da Operação Firula começaram em junho deste ano e foram baseadas nos fatos apurados durante o escândalo do propinoduto.

Polícia Federal divulga nomes dos detidos pela Operação Saúva

A Polícia Federal já executou 30 dos 32 mandados de prisão preventiva da Operação Saúva, que trouxe a público um esquema de fraudes em licitações no Amazonas, envolvendo compras superfaturadas de alimentos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), pelo Exército brasileiro, pelo governo estadual e pelas prefeituras da capital, Manaus, e de Presidente Figueiredo, no interior do estado. Em um ano de investigação, a quadrilha fraudou licitações que movimentaram R$ 126 milhões.Entre as concorrências públicas manipuladas, está a aquisição de 230 mil cestas básicas pela Conab, durante a seca do ano passado. Além de estarem com preço acima do mercado, parte dos produtos alimentícios distribuídos aos ribeirinhos – como feijão e leite em pó – estavam vencidos, impróprios para o consumo humano. De acordo com o chefe da Delegacia de Prevenção e Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal, Jossenildo Cavalcante, apenas o empresário José Maurício Gomes de Lima permanece foragido. “Há também um capitão da Polícia Militar [Quintas, que estaria na França] no exterior. Nós já sabíamos que ele estava fora do país, mas tínhamos esperança de que retornasse”, disse o delegado. Cinco suspeitos foram presos fora do Amazonas, todos eles militares: o coronel Vitor Augusto de Felippes, no Rio Grande do Norte; o tenente- coronel Omar Santos, em São Paulo; o tenente-coronel Francisco Nilton de Souza Júnior, no Ceará; o capitão Erick Correa Baduíno de Lima, no Distrito Federal; e o capitão Carlos Alberto Teixeira Ramos, no Rio de Janeiro. Eles estão sendo trazidos para Manaus, onde deverão prestar depoimento. Os outros cinco militares detidos em Manaus são o capitão Henrique dos Santos Botelho, o capitão Fábio José Capechi, o segundo-sargento Francivaldo da Costa Gomes, o terceiro-sargento Joelson Freitas de Jesus e o terceiro-sargento Silva Alexandre da Silva Souza. Entre os servidores públicos presos na operação está o secretário executivo da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), Afonso Lobo Moraes; o superintendente da Conab, Juscelino de Souza Moura; o presidente da Comissão de Licitação da Secretaria Estadual de Assistência Social, Roberto Carbonari Santana, e o assessor do vice-governador do Amazonas, Manoel Paulino Costa Filho. Os outros servidores, que ocupam cargos de nível hierárquico mais baixo, são: Graça Maria Fonseca da Silva, da Sefaz; Dyrce da Conceição Barros Edwards e Aparecida Maria Fernandes Junior, da Secretaria Estadual de Educação; Cimara Santos da Silva e Maristela Lago Pinheiro, da Covisa.Das 25 pessoas presas em Manaus, 11 são empresários do ramo de fornecimento e distribuição de alimentos: Cristiano Cordeiro, apontado como “a formiga mãe” do esquema criminoso; João Leite Limeira e seu filho Derik Costa Limeira, Claudomira Pinto Cavalcante, Adalto Carneiro Portela Junior, Lamark Barroso de Souza, Ricardo de Oliveira Lobato, Adams Emmanuel Pinto Cavalcante, Alberto Paulo Cavalcante Xavier e Júlio César Ferreira de Almeida. O delegado esclareceu que o período da prisão preventiva é de cinco dias, podendo ser prorrogado por mais cinco – desde que a Justiça autorize. Os suspeitos podem ser indiciados pelos crimes de formação de quadrilha; inserção de dados falsos em sistemas de informações; peculato; corrupção passiva e ativa; advocacia administrativa; violação de sigilo funcional; tráfico de influência; fraudes em licitações; lavagem de dinheiro; sonegação fiscal e crimes contra as relações de consumo; e improbidade administrativa.

Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde um bom negócio para os médicos

PF prende médicos, empresários e servidores públicos

O Departamento de Polícia Federal executou na manhã desta terça-feira (7), a “Operação Marcapasso”, autorizada pelo juiz federal da 4ª Vara Federal Criminal de Palmas, João Paulo Abe. O esquema criminoso posto em apuração reporta-se, em essência, à compra superfaturada de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs).

Na esfera pública, os médicos envolvidos atuavam em paralelo com os setores de compras da Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins, providenciando pareceres técnicos em pregões presenciais, que tinham por função eliminar empresas não alinhadas ao grupo, na compra de OPMEs.

O médico e ex-secretário de Saúde, Henrique Barsanulfo Furtado é apontado com um dos mentores do esquema. 

Na primeira etapa, portanto, assegurava-se mediante atos inequívocos de direcionamento, que a empresa alinhada aos médicos em questão fosse a vencedora do certame. O esquema consistia em apresentar a cotação dos OPMEs licitados em valores próximos ao teto da tabela de referência do SUS. A derrota na fase competitiva não impedia a ulterior adjudicação do objeto licitado, na medida em que as empresas não alinhadas, que vinham de fora do Estado para participar, eram desclassificadas na segunda fase do pregão, quando eram avaliadas a adequação formal das propostas e a habilitação dos proponentes.

Não raro, a desclassificação era realizada por critérios técnicos, dominados pelos médicos cardiologistas, que se incumbiam de inserir minúcias na descrição de materiais de uso corriqueiro, para que a empresa pré-combinada se sagrasse vencedora do certame.

Veja os nomes dos investigados que tiveram mandados de prisão:

  • Andrés Gustavo Sánchez Esteva
  • Antônio Fagundes da Costa Júnior
  • Carlos Alberto Figueiredo Novo
  • Charlston Cabral Rodrigues
  • Fábio D’ayala Valva
  • Fernando Motta
  • Genildo Ferreira Nunes
  • Ibsen Suetônio Trindade
  • Juan Fernando Terrones Cáceres
  • Leandro Richa Valim
  • Marco Aurelio Vilela Borges de Lima
  • Silvio Alves da Silva

Por todo o exposto, nos pregões eletrônicos, as OPMEs eram contratadas por seu valor máximo na tabela do SUS, tendo em vista que, na segunda etapa do pregão, as empresas concorrentes não alinhadas eram sistematicamente desclassificadas, por minúcias na descrição dos materiais licitados.

Ademais, ficou consignado que os médicos também influenciavam diretamente na execução dos contratos firmados, que tinham por objeto a utilização de materiais superfaturados em procedimentos cirúrgicos, tanto pelo SUS quanto por convênios particulares. Ao final, fechado o esquema, os contratos de fornecimento sofriam aditivos contratuais para que pudessem viger não apenas por um ano, mas por até três anos consecutivos.

Numa segunda etapa, confirmada a contratação da empresa visada, o ganho de capital proporcionado pelo superfaturamento era dividido com os médicos que utilizavam as OPMEs contratadas e elaboravam planilhas pormenorizadas com os prontuários dos pacientes, seus nomes, e demais dados de identificação, e com os materiais que foram concretamente utilizados. Como a cobrança se dava na medida em que os materiais eram consumidos, os médicos responsáveis pela realização dos procedimentos elaboravam uma planilha de materiais empregados cobrando, em contrapartida, uma parte do ganho proporcionado pela majoração de preços no ato da licitação.

Por fim, numa terceira etapa, por vezes, nem sempre a exitosa contratação de OPMEs a preços superfaturados consubstanciava sinônimo de dinheiro em caixa de maneira imediata. Por ocasião da realização dos pagamentos dos materiais contratados, a empresa, não raro, era compelida por manobras administrativas dos ordenadores de despesas (Secretários Estaduais), que “seguravam” os pagamentos devidos em troca da cobrança posterior de percentuais sobre os recebíveis apurados em favor de cada uma das fornecedoras.

Na esfera privada, o direcionamento não era diferente. Utilizando-se como referência a tabela SIMPRO, elaborada pela empresa privada de mesmo nome que publica e divulga informações e soluções na área da saúde, os médicos e empresários do setor calculavam percentuais sobre a tabela, em evidente menção a sobre-preços, aplicando sobre as notas fiscais “descontos” que consistiam, como já salientado, em propina paga aos médicos. O direcionamento em planos de saúde privados e em procedimentos realizados na rede privada de atendimento à saúde era garantido por processos nos quais se documentava, tão somente, uma pluralidade fictícia de concorrentes, nas quais já se sabia, de antemão, qual empresa se sagraria vencedora.

Encontram-se em fase de cumprimento 12 mandados de prisão temporária, 41 mandados de condução coercitiva contra empresários e demais envolvidos, e 84 mandados de busca e apreensão nos estados do Tocantins, Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Paraná, Bahia, Ceará, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Todos os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal de Palmas.

Durante as investigações foram reunidos fortes elementos indicativos dos delitos de fraude à licitação (art. 90, da Lei 8.666/93), peculato (art. 312 do Código Penal), e corrupção passiva e ativa (artigos 317 e 333, do Código Penal), além de formação de organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/13).

ASSASSINO DO PAI DE SANTO JORGE DO FUMACÊ CONTINUA IMPUNE.

Se passaram exatamente cinco meses da morte do pai de santo Jorge do bairro Fumacê, que foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) e até o exato momento as autoridades responsáveis do 5º distrito policial que tem em poder a preventiva do processo de nº 19414-69.2016.8.10.0001 para efetuar a prisão do assassino de nome RAIMUNDO NONATO LEITÃO VELOSO, vulgo “BODINHO”, continuam sem a menor perspectiva e sem nenhum interesse em procurar esse assassino.

Desde que o delegado Valter Vanderlei entrou de licença que nenhuma autoridade se pronunciou a respeito desse caso que chocou toda a população da área. Nem mesmo o delegado geral e nem o sub secretário que na época prometeram em ajudar a família na prisão do assassino, não se pronunciaram mais pelo caso. A família acredita que pelo fato de a vítima ser umbandista não há muito interesse das autoridades em prender o assassino, visto que na época do acontecido havia uma questão relacionada ao terreiro de umbanda, que o reclamante estaria sendo incomodado pela batucada dos tambores e o reclamado teria sofrido discriminação pelo fato da religião do mesmo.

A família da vítima parece que vai ter que recorrer a algum programa de televisão para que seja ouvida pelas autoridades, visto que vários assassinatos ocorridos após esse crime já terem sido solucionados, o que leva a crer que realmente existe uma discriminação religiosa.

Babalorixá é morto por companheiro em São Luís

Investigadores da 5ª Delegacia Distrital (Anjo da Guarda) e do Serviço de Inteligência da Polícia Militar desenvolvem buscas para prender Raimundo Nonato Leitão Veloso, conhecido como Bodinho, autor de crime de latrocínio contra o babalorixá Jorge Assunção Furtado – “Jorge Curador” –, com quem mantinha uma relação homoafetiva.
O crime aconteceu no dia 2 de outubro, quando, por volta das 17h, Bodinho esteve na quitinete em que Jorge Curador morava e o matou a facadas. O acusado, neste momento, tinha nos braços uma criança, sua filha. Nas investigações desenvolvidas pelo delegado Walter Wanderley, titular da 5ª DP, Bodinho e Jorge eram amantes e, na manhã daquela dia, o acusado esteve na casa da vítima, pedindo-lhe dinheiro, suspostamente para comprar drogas, visto que Jorge Curador era seu mantenedor.
Com a recusa de Jorge em dar-lhe o dinheiro, Bodinho o esbofeteou e disse que voltaria. De fato. No final da tarde, Bodinho voltou à casa de Jorge, levando nos braços uma menina, sua filha, e como o amante recusou novamente em dar-lhe dinheiro, o matou a facadas, levando a criança que chegou a ficar toda suja do sangue da vítima.
Fuga e prisão preventiva
Na fuga, Bodinho pegou um táxi-lotação, mas notou que já estava sendo seguido e tratou se esconder, embrenhando-se nas matas da reserva da Vale, abandonando a filha no táxi. A criança foi levada para o Plantão da Polícia Civil, na Vila Embratel, onde foi recolhida por parentes. Vizinhos e familiares encontraram o cadáver de Jorge Curador, apresentando várias perfurações, inclusive com uma faca cravada de um lado para o outro do rosto. O delegado Walter Wanderley deu início às buscas e já encaminhou à Justiça um pedido de prisão preventiva para o acusado, que continua sendo procurado pelas forças policiais.

Polícia prende dupla que vendeu cerca de 200 terrenos ilegais no ABC

Terrenos eram vendidos em áreas de manancial em São Bernardo do Campo

A Dicma (Delegacia de Investigação de Infrações e Crimes contra o Meio Ambiente), da Polícia Civil de São Bernardo do Campo (SP), prendeu, nesta sexta-feira (29), o empresário Henrique Balbo Malaguesse e o pastor evangélico Paulo Sérgio Francisco sob a suspeita de estelionato.

De acordo com informações dos policiais, a dupla vendia terrenos em áreas de manancial (regiões de fonte de água doce em que são proibidas construções).

O delegado titular Ettore Capalbo Sobrinho disse à reportagem do R7 que a dupla lesou duas centenas de vítimas.

— Eles fizeram cerca de 200 vendas, receberam por essas vendas e abusaram da boa-fé dessas pessoas.

Sobrinho informou que Paulo Sérgio Francisco é pastor da Assembleia de Deus em Ribeirão Pires (SP) e que atraía os compradores em palestras e cultos. O delegado informa que mais de 20 pessoas se apresentaram à delegacia para prestar queixas contra a dupla.

Os policiais conseguiram os recibos de vendas de Francisco, mas ainda não conseguem contabilizar o tamanho da fraude. A Polícia Civil informou ainda que identificou quase 200 pessoas que sofreram o golpe do terreno.