Decretada prisão de 25 acusados na Operação Grandes Lagos

A juíza federal Rosa Maria Pedrassi de Souza, da 1ª Vara de Jales, decretou a prisão preventiva de vinte e cinco (25) acusados na “Operação Grandes Lagos”, no último dia 14/10, pela prática de crimes contra a ordem tributária, envolvendo frigoríficos da região dos Grandes Lagos, principalmente nos municípios de Jales e Fernandópolis, interior de São Paulo. São eles: João Carlos Altomari, Ari Félix Altomari, Emílio Carlos Altomari, João do Carmo Lisboa Filho, Romildo Viana Alves, Mauro José Ribeiro, Adílson de Jesus Scarpante, Eduardo Alves Vilela, Walmir Correa Lisboa, Alfeu Crozato Mozaquatro, Valter Francisco Rodrigues Júnior, César Luis Menegasso, Patrícia Buzolin Mozaquatro, Marcelo Buzolin Mozaquatro, Álvaro Antônio Miranda, Djalma Buzolin, Valder Antônio Alves (Macaúba), Marcos Antônio Pompei, Nivaldo Fortes Peres, Dorvalino Francisco de Souza, Cleidson Pereira, Lucas de Castro Reynaldo, Fernando Barbosa Leopoldino e Giancarlo Leopoldino Camacho e Edson Garcia de Lima. As prisões preventivas foram decretadas em decorrência de representação da autoridade policial.

Para a juíza Rosa Maria Pedrassi de Souza, as provas colhidas até o momento dão conta de que os fatos narrados nos relatórios policiais configuram, “em tese”, os crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, sonegação fiscal, falsidade ideológica, corrupção ativa, corrupção passiva, frustração de direito trabalhista e estelionato.

Segundo a representação policial, decorridos mais de oito meses de investigação, há evidências suficientes que comprovam os crimes praticados pelos membros de “uma das maiores organizações criminosas” do ramo empresarial de frigoríficos já identificada.

A “Operação Grande Lagos” foi iniciada em 2001, após denúncias recebidas pela Receita Federal e pelo INSS, acerca de um grande esquema de sonegação fiscal praticado por empresários da região há pelo menos quinze anos. Segundo consta da investigação policial, foi identificado um “gigantesco” esquema envolvendo vários núcleos criminosos interligados, com empresas em nome de “laranjas”, fiscais da Fazenda Pública e do Trabalho e pessoas ligadas à compra e ao abate de gado. Levantamentos estimam que as organizações criminosas deixaram de recolher ao erário federal quantia superior a R$ 500 milhões.

“Os indiciados não cessaram sua atividade criminosa, como podem comprovar os áudios interceptados com autorização judicial, os depoimentos já colhidos na Polícia Federal e as provas documentais reunidas (…) A reiterada prática dos crimes apurados, pelo que se pôde verificar até o momento, há vários anos, demonstra um profundo desrespeito para com as instituições do país”, afirma a juíza.

Filho de Puccinelli depõe em processo da “Operação Vintém” na Justiça Federal

O advogado André Puccinelli Júnior, filho do governador André Puccinelli, do PMDB, presta depoimento desde as 12h40 minutos na 5ª Vara Federal, em Campo Grande.

A audiência trata do processo que investiga um episódio nas eleições de 2006. À época, policiais federais acharam santinhos e dinheiro no carro do coordenador de campanha do então deputado estadual Semy Ferraz, do PT. Um ano depois, investigação conduzida pela própria PF, batizada de “Operação Vintém”, inverteu e o deputado saiu da condição de réu para vítima.

É que por meio de escutas telefônicas, os investigadores do caso descobriram que os santinho e o dinheiro foram postos no carro por meio de um esquema supostamente tramado pelo governador, o filho dele e o secretário de Obras da época, Edson Girotto, hoje candidato a deputado federal.

 

Polícia prende ‘Sheik’, um dos traficantes mais procurados do país

A Polícia Civil de São Paulo informou que prendeu, na noite de sexta-feira, o libanês Joseph Nour Eddine Nasrallah, conhecido com “Sheik”. Acusado de liderar uma quadrilha internacional de drogas, ele estava escondido em um flat em Campinas, no interior paulista. Segundo a polícia, ele é acusado de enviar drogas para os Estados Unidos, Europa e África. Sheik estava na lista dos mais procurados pela Polícia Federal e ficou conhecido por construir, em Valinhos (interior de São Paulo), uma mansão com diversos detalhes em ouro, avaliada em R$ 40 milhões em 2007, quando foi detido pela “Operação Kolibra”, da PF.Além da mansão, Sheik ficou conhecido por ter sido liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) duas vezes. Primeiro, em 2013, por ter passado sete anos com prisão provisória. A segunda vez de sua liberação ocorre em 2016, por decisão liminar do ministro Marco Aurélio, segundo informaram os jornais da Época. Embora na segunda prisão ele já havia sido condenado em segunda instância, o ministro do Supremo havia entendido que seu caso ainda não havia transitado em julgado, ou seja, recursos poderiam ser avaliados pelos tribunais superiores. Este caso da prisão após condenação em segunda instância é um dos temas mais polêmicos do STF e está em julgamento que deve ser concluído nesta próxima semana.Os detalhes de sua prisão serão informadas pela polícia na tarde deste sábado, em entrevista concedida pela delegada Roberta Guerra Maransaldi, titular do 89° Distrito Policial (Jardim Taboão), para onde ele foi levado.

 

Justiça condena 4 presos da Operação Kolibra em São Paulo

O juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, condenou na semana passada quatro supostos membros da quadrilha internacional de tráfico de drogas desarticulada na Operação Kolibra, da PF (Polícia Federal), em janeiro de 2007. São eles o libanês Joseph Nour Eddine Nasrallah, apontado como líder do bando, Paulo Salinet Dias, Joacir Bambil e Tenilas Rocha Dias. A Justiça Federal divulgou a decisão apenas nesta terça-feira.

Com exceção de Tenilas, todos foram condenados a oito anos de prisão em regime fechado e ao pagamento de 210 salários mínimos de multa. A pena de Tenilas prevê 5 anos e 4 meses de detenção em regime fechado e multa de 140 salários mínimos. Todos estão presos e não poderão apelar em liberdade.

O MPF (Ministério Público Federal) informou que o procurador da República Rodrigo Fraga, autor da ação, recorrerá da decisão para tentar aumentar a pena dos quatro réus condenados.

O juiz ordenou ainda a incineração de 30 quilos de cocaína apreendidos em 4 de maio de 2006 no Terminal Rodoviário da Barra Funda, na Zona Oeste da capital. A droga seria levada para Joseph no interior de São Paulo.

Conforme investigações da PF, o bando adquiria a droga em países vizinhos e a exportava para Alemanha, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Inglaterra, Suíça e África. Ao todo, houve a prisão de 54 pessoas supostamente ligadas à quadrilha e a apreensão de 3,4 toneladas de cocaína e quase US$ 600 mil e 400 mil euros.

Justiça decreta prisão de nove acusados na Operação Persona

Estão decretadas nove prisões preventivas de pessoas investigadas na Operação Persona, da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal, que apura a atuação das empresas Cisco do Brasil e Mude na montagem de uma cadeia de empresas com sede nos EUA e no Brasil para a realização de diversas fraudes no comércio exterior. A decisão foi tomada pelo juiz Alexandre Cassetari, da 4ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Ele acolheu parcialmente o pedido do MPF.

Os envolvidos, segundo a Receita, deixaram de recolher R$ 1,5 bilhão em impostos.

O MPF pediu à Justiça a conversão das prisões temporárias de seis investigados em prisões preventivas. O pedido foi aceito pelo juiz. Continuam presos José Roberto Pernomian Rodrigues, Paulo Roberto Moreira, Carlos Roberto Carnevali, Helio Benetti Pedreira, Cid Guardia Filho, o Kiko, e Moacyr Alvaro Sampaio. Os seis foram transferidos nesta sexta-feira (26/10) para uma prisão em Guarulhos.

O Ministério Público Federal pediu também a prisão preventiva de mais cinco investigados. A Justiça determinou a prisão de três deles: Fernando Machado Grecco, Marcelo Naoki Ikeda e de Ernani Bertino Maciel, sob o fundamento de ameaça à ordem econômica e a conveniência da instrução penal. Para a Justiça, soltos, os investigados poderiam influenciar testemunhas e outros investigados.

A decisão judicial foi mantida em sigilo até a manhã desta sexta, quando a Polícia Federal providenciou a captura de Grecco e Ikeda. Diligências para prender Ernani Maciel foram infrutíferas e ele está foragido. Segundo informações, ele e a família teriam deixado sua residência na noite de quinta-feira (25/10) horas após se apresentar à Superintendência da Polícia Federal e prestar depoimento.

Maciel estava na lista de 41 investigados cuja prisão temporária foi decretada pela Justiça Federal. No dia 16 de outubro, quando a operação foi deflagrada, o investigado não foi localizado pela Polícia Federal. Posteriormente, seus advogados informaram que ele se apresentaria desde que fosse revogada sua prisão. O MPF não concordou.

Quando prorrogadas as prisões temporárias, o juiz não revogou as prisões temporárias em vigor, mas decidiu que a de Maciel, bem como a das outras pessoas não encontradas, seria revogada se ele se apresentasse à Polícia Federal para oitiva, o que ocorreu esta semana. Ele foi interrogado e, como determinava a decisão judicial, liberado em seguida.