Número de presos na Operação Pluma sobe para 16

 Dezesseis acusados de grilagem de terras na região do Vale do Araguaia já foram presos pela Polícia Federal na operação Pluma. Na manhã desta terça (7), mais um envolvido se apresentou na superintendência da PF em Mato Grosso. Ao todo, o juiz da 1ª Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, determinou a prisão de 18 pessoas, entre fazendeiros, policiais militares, engenheiros e uma escrituraria. A identidade dos foragidos ainda não foi divulgada.

Os mandados são cumpridos desde a última terça (3), nos Estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. A informação da assessoria da PF é de que ao menos 10 pessoas foram presas em Mato Grosso, sendo cinco policiais militares, três fazendeiros e a proprietária do cartório de São Félix do Araguaia, Maria Elizabete Carvalho. Dentre os presos está o ex-comandante-geral da Polícia Militar, coronel da reserva Adaildon Evaristo de Moraes Costa, o coronel Elierson Metello, ex-comandante regional da PM de Sinop e que vinha atuando na regional de Tangará da Serra, o sub-tenente Adalberto da Cunha de Oliveira, os capitães Robson Oliveira Curi e Antonio de Moura Neto, e o major Wlamir Luis da Gama Figueiredo. Eles teriam embolsado ao menos R$ 5 milhões em propinas para facilitar o esquema de grilagem de terras no Vale do Araguaia por meio de falsificação de documentos e ameaça física.

Os principais beneficiados seriam fazendeiros, dentre eles o ex-prefeito de Porto Alegre do Norte, Luiz Carlos Machado (PRP), o Luiz Bang, e o ex-candidato a vereador por Ribeirão Cascalheira, Altamiro Schneider. Ambos tiveram os registros de candidatura negados pela Justiça Eleitoral. Segundo informações da PF, os crimes ocorreram entre 2002 e 2005. O principal fazendeiro do esquema teria movimentado, apenas em um ano, R$ 8 milhões. A aldeia indígena Maraiwatsede e a fazenda Bordolândia foram alvo de grilagem por fazendeiros que pertenciam ao esquema.

 

MPF/PE obtém condenação de integrante de quadrilha que fraudava cartões bancários

Esquema foi descoberto em abril de 2006, mediante atuação conjunta do MPF e da Polícia Federal, na chamada Operação Piraíba.

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco obteve a condenação de um dos acusados de integrar quadrilha de fraudadores de cartões bancários. Nilson Santos Fadul, que fazia parte do núcleo criminoso que atuava no Recife (PE), foi condenado a nove anos de reclusão e ao pagamento de multa no valor de 70 salários-mínimos pelos crimes de falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos e particulares.

A Justiça Federal acatou integralmente os argumentos apresentados pelo procurador da República Luiz Vicente Queiroz. Na residência de Nilson Fadul, haviam sido descobertas certidões de nascimento, cédulas de identidade, carteira de habilitação e de oficial de justiça falsificadas, bem como crachás falsos de empresas de manutenção de caixas-eletrônicos. O MPF constatou que ele também adulterava aparelhos celulares, mediante o uso de documentos falsos para fazer a habilitação.

Em outra ação, o procurador da República pede que Fadul também seja condenado por crimes de furto mediante fraude, estelionato e formação de quadrilha. O núcleo criminoso no Recife era integrado ainda por Harley Cavalcante Paiva, também denunciado pelo MPF. Além de Pernambuco, a quadrilha possuía ramificações no estado de São Paulo.

Operação Piraíba – O esquema foi descoberto em abril de 2006, mediante atuação conjunta do MPF e da Polícia Federal (PF), denominada Operação Piraíba. As investigações, iniciadas pela Procuradoria da República em Uberaba (MG), revelaram que a suposta quadrilha dispunha de métodos sofisticados de atuação.

Os golpistas agiam de duas maneiras. Em uma delas, violavam caixas de auto-atendimento onde colocavam dispositivos eletrônicos, denominadas “chupa-cabras”, que copiavam e armazenavam o número da conta corrente e a senha do cliente. A segunda forma de atuação consistia na instalação de outro dispositivo, conhecido como “luva”, capaz de copiar apenas o número da conta corrente. A senha era conseguida por intermédio de um olheiro, pessoa que ficava no interior da agência, de microcâmeras escondidas no caixa eletrônico ou pela compra de informações fornecidas pelos próprios funcionários do banco.

Nilson Fadul é ainda acusado de fabricar os equipamentos usados na clonagem dos cartões, que eram enviados para ramificações da quadrilha nas outras unidades da Federação. Os principais alvos das fraudes foram agências da Caixa Econômica Federal.