Polícia Federal prende criminosos que usavam blog para incitar homofobia e pedofilia

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (22/03) dois acusados de manterem um blog repleto de conteúdo que faz apologia à violência e incita o abuso sexual de menores. Identificamos como Emerson Eduardo Rodrigues e Marcelo Valle Silveira Mello, eles residem respectivamente em Curitiba e em Brasília.

No entanto, o blog em questão continua em funcionamento.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, o blog “Silvio Koerich” (link suprimido) recebeu quase 70 mil denúncias a respeito de postagens criminosas até 14 de março.

Logo na primeira página, os responsáveis pelo site publicam texto intitulado “Que a justiça brasileira coma minhas fezes”, apenas um prenúncio da baixaria que se encontra ali. A mensagem vai além, atribuindo as acusações de mais baixo nível ao deputado Jean Wyllys, assumidamente gay.

A PF divulgou um vídeo que mostra a ação policial durante a operação. A Justiça Federal emitiu mandados de busca e apreensão nas residências e locais de trabalho dos criminosos, bem como a prisão preventiva.

De acordo com o departamento de comunicação social da PF em Curitiba, o blog criminoso fazia apologia à violência contra homossexuais, negros, mulheres, nordestinos e judeus. Também publica postagens de incitação ao abuso sexual de menores. A PF destaca que os criminosos apoiavam o massacre de Realengo, acontecido no Rio de Janeiro em 2011, no qual um atirador matou doze crianças e jovens.

Por telefone, um agente da PF me explicou que o delegado responsável pela Operação Intolerância passará a tarde resolvendo as pendências da prisão dos dois criminosos. Esse agente não soube precisar quanto tempo os criminosos podem ficar na prisão. Assim que tiver essa informação, volto para atualizar o artigo.

A PF esclarece que o nome Operação Intolerância demonstra a modo como a sociedade deve agir em relação às condutas criminosas dos responsáveis pelo site.

Presos, autores de site racista e homofóbico planejavam massacre na UnB

Acusados faziam apologia à violência contra mulheres, negros, homossexuais, nordestinos e judeus e exaltavam massacre de Realengo

São Paulo – A Polícia Federal de Curitiba prendeu Emerson Eduardo Rodriues e Marcelo Valle Silveira Mello, responsáveis pelas postagens de conteúdo discriminatório do site silviokoerich.org, que fazia apologia à violência contra mulheres, negros, homossexuais, nordestinos e judeus, além da incitação à pedofilia.

Os acusados também apoiaram o massacre de crianças praticado na escola do Realengo, no Rio de Janeiro. O site foi alvo de mais de 69.729 denúncias até 14 de março deste ano.

Rodrigues vivia em Curitiba e Mello em Brasília. Além de cumprir mandados de prisão preventiva de ambos, a Justiça Federal autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas residências e locais de trabalho dos criminosos, como parte da “Operação Intolerância”.

Segundo a Polícia Federal, a dupla planejava um massacre de estudantes do curso de Ciências Sociais da Universidade de Brasília – entre os itens apreendidos na casa de um dos acusados estava um mapa de uma casa usada para festas pelos estudantes.

O nome do site – Sílvio Koerich – foi apropriado indevidamente por Rodrigues, em represália a uma terceira pessoa que rejeitou suas declarações preconceituosas.

A dupla responderá pelos crimes de incitação/indução à discriminação ou preconceito de raça, por meio de recursos de comunicação social; incitação à prática de crime e publicação de fotografia com cena pornográfica envolvendo criança ou adolescente.

Operação Pen Drive: total de 17 pessoas presas por clonagem de cartão

RIO – A Polícia Federal deu continuidade, nesta quinta-feira, à operação Pen Drive, deflagrada nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná, com o objetivo de desmontar um esquema internacional de clonagem de cartões de crédito e débito. A quadrilha clonava os cartões no Brasil para efetuar saques na China, Rússia, Panamá e Argentina e pretendia desviar R$ 1 milhão por mês.

Até o final da tarde desta quinta-feira, 17 pessoas tinham sido presas nos três estados. Foram cumpridos também 22 mandados de busca que resultaram na recuperação de informações de 11 mil a 20 mil clientes diferentes de cartões e na apreensão de cerca de dois mil cartões clonados.

A operação,que teve início na manhã de quarta-feira, recebeu o apoio do serviço secreto americano, que rastreou a ação dos criminosos no paraíso fiscal do Panamá. De acordo com o delegado titular da PF em Curitiba, Gilberto de Castro, “para se ter uma idéia da grandiosidade da quadrilha, vieram para conversar conosco (PF) e entender o esquema de clonagem representantes do serviço secreto norte-americano e da empresa MasterCard dos Estados Unidos.

– Eles disseram que nunca viram um sistema tão desenvolvido, uma tecnologia tão avançada – disse.

– Apreendemos dois mil cartões clonados e cerca de R$ 300 mil em espécie. A quadrilha faturava cerca de R$ 1 milhão por mês – afirmou o delegado responsável pela operação, Gilberto de Castro Júnior.

O chefe da quadrilha, Reinaldo Menezes do Sacramento, foi detido com R$ 200 mil em sua residência, em São Paulo, e contratou um engenheiro eletrônico para desenvolver um sistema de captura de senhas dos cartões.