Deputado Álvaro Lins é preso em flagrante no Rio, diz PF

Ele é suspeito de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, entre outros crimes.
Operação cumpre sete mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão.

O ex-chefe da Polícia Civil e atual deputado estadual Álvaro Lins foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira (29) por agentes da Polícia Federal do Rio durante a Operação Segurança Pública S/A. A informação foi confirmada pela assessoria da própria PF.

Ainda segundo a assessoria, o deputado é suspeito de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, formação de quadrilha armada e facilitação ao contrabando.

Desde cedo, a Polícia Federal faz uma operação para cumprir sete mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão. A prisão de Álvaro Lins não está incluída nesses mandados.

De acordo com a Polícia Federal, o ex-governador Anthony Garotinho foi denunciado pelo crime de formação de quadrilha armada. O Ministério Público Federal ainda não confirmou a informação.

tentamos entrar em contato com a assessoria do ex-governador, mas o celular cai na caixa postal. Já a assessoria do deputado Álvaro Lins informou que desconhecia o fato.

Alerj convoca reunião da mesa diretora
O presidente da Assembléia Legislativa do Rio, deputado Jorge Picciani, afirmou em entrevista à Rádio CBN que convocou uma reunião da mesa diretora da Casa, na tarde desta quinta-feira, para discutir quais medidas deverão ser tomadas em relação ao deputado Álvaro Lins.

Segundo Picciani, a Superintendência da PF entrou em contato com ele por volta de 7h comunicando que dois delegados foram cumprir um mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado. A medida foi acompanha pelo procurador-geral da Alerj.

O presidente da Casa disse ainda que a PF tem um prazo de 24 horas após a prisão em flagrante para encaminhar os autos.

Justiça de SP condena 21 pessoas por tráfico de drogas

A juíza federal Vera Cecília de Arantes Fernandes Costa, da 2ª Vara da Justiça Federal em Araraquara (interior de São Paulo), condenou 21 pessoas presas na Operação Conexão Alfa, da PF (Polícia Federal). As penas variam de 3 a 19 anos de prisão.

A ação foi deflagrada pela PF em abril do ano passado. Segundo a Justiça Federal, o grupo receberia cocaína da Bolívia e a distribuiria no Estados de São Paulo e Goiás.

A droga seria oferecida pelos acusados na capital paulista e nas cidades de Araraquara, Jaú, Limeira e São Carlos. Em Goiás, o tráfico ocorreria no município de Rio Verde.

Romeu Villarde Arze apontado como fornecedor da cocaína, foi denunciado pelo Ministério Público, mas não foi condenado por estar foragido. De acordo com documentos juntados aos autos, ele vive na Bolívia, na região da fronteira com o Brasil.

Renova Energia esnoba pequenos investidores

Em Portugal, os responsáveis pela colocação das ações da EDP Renováveis vão aumentar de 20% para 26% a quantidade de papéis disponíveis, o que significa mais de 13 milhões de ações para os pequenos subscritores. Em contrapartida, a parcela destinada aos investidores institucionais será reduzida para 76%. Bom, isso está acontecendo por causa da grande procura por esses títulos e, segundo os cálculos, de 30 mil a 40 mil pessoas demonstraram interesse pelo investimento, o que significa um rateio que proporcionará cerca de 40 ações para cada uma delas. Toda essa euforia é porque se trata de uma empresa do mais badalado setor da atualidade: o de energias renováveis.
Enquanto isso, no Brasil, a Renova Energia, empresa holding do grupo composto pela Enerbras Centrais Elétricas e pela Energética Serra da Prata, entrou com pedido na Comissão de Valores Mobiliários para captar recursos, através do lançamento de units, para aumentar a capacidade de geração de energia elétrica por fontes alternativas. Por enquanto, ninguém sabe, a quantidade de títulos a ser oferecida, nem a faixa estimativa de preço.
Apesar da Enerbras ser uma empresa relativamente nova e, consequentemente, sem tradição no mercado, já demonstrou um certo esnobismo ao anunciar que os papéis serão colocados no Brasil e nos Estados Unidos, sob a coordenação do UBS Pactual e do Morgan Stanley, mas destinada exclusivamente a investidores qualificados, ou seja, aqueles que façam investimentos superiores a R$ 300 mil reais.
O mais engraçado é que os controladores acham que haverá rateio na oferta de dispersão e já estabeleceram que será adotado o critério diferenciado, que divide os investidores com prioridade e sem prioridade. O direito à prioridade depende de dois fatores, a requisição de tal classificação, e do atestado de bom comportamento, ou seja, será atendido aquele investidor que não ter não tiver flipado (no jargão de mercado, vendido as ações no dia da estréia) em ofertas anteriores.
Acredita-se que tal decisão é baseada no fato do controle da Renova ser divido entre a RR Participações, de Ricardo Lopes Delneri e Renato do Amaral Figueiredo, e pelo InfraBrasil, cujos quotistas são a Petros, a Funcef e o BNDESPar, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento sendo um dos principais financiadores de recursos desse fundo.

Empresários portugueses com problemas
As empresas controladas pelos empresários portugueses Joe Berardo e Horácio Roque foram objeto de busca e apreensão por parte de uma equipe liderada pelo Procurador da República, Rosário Teixeira, durante a “Operação Furacão”. Agora, estão indiciadas por prática de fraude fiscal, por utilização de faturamento falso e lavagem de dinheiro, com a utilização de firmas off-shores.
O pitoresco é que isso aconteceu no dia em que Joe Berardo foi eleito presidente do conselho de remunerações do Banco Comercial Português.

MPF/ES denuncia 12 por envolvimento com tráfico internacional de pessoas

Organização criminosa enviava mulheres para fins de prostituição para as regiões de Treviso, Padova, Bolonha e Milão, na Itália.

O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES) denunciou 12 pessoas por participação num esquema de exploração da prostituição na Europa que envolvia o envio de mulheres para trabalhar com prostitutas na Itália. Os 12 denunciados vão responder pela prática do crime de tráfico internacional de pessoas, sendo que sete deles também vão responder pela prática do crime de formação de quadrilha, já que se associaram para traficar pessoas e para explorar a prostituição.

A organização criminosa enviava mulheres para as regiões de Treviso, Pádova, Bolonha e Milão. As investigações que deram origem às denúncias do MPF detalham o envio de quatro mulheres para a Itália. As duas denúncias que tratam da questão foram ajuizadas no último dia 12 de maio.

As investigações da Operação Treviso, deflagrada no dia 30 de abril, revelaram a existência de dois grupos, que aparentemente atuavam de forma independente. O primeiro grupo é constituído majoritariamente por uma mesma família. Marli Feu de Assis, Gracielle Feu Benevides, Vera Lúcia Feu Silva e Marlene Lyra Feu foram denunciadas pela prática do crime de tráfico internacional de pessoas, já que aliciaram mulheres no Brasil e promoveram a ida delas para a Itália para fins de prostituição. A pena para esse tipo de crime varia de três a oito anos de prisão, podendo chegar a dez anos de prisão, em caso de a vítima ser maior de 14 e menor de 18 anos, cônjuge, ascendente, descendente ou irmão do agente.

Já o segundo grupo possui dois núcleos, um brasileiro e um italiano. A cabeça dessa organização criminosa é Helena Pinheiro Cavalcanti, que reside na Itália. Daquele país, ela e seu companheiro, o italiano Maurizio Bisarello, solicitavam ao núcleo brasileiro o número de mulheres que deviam ser enviadas do Brasil. Também integram o núcleo italiano os brasileiros Ezequiel Fernando Guimarães, Daniele Leporic e Rosângela Aparecida Lourenço.

Por sua vez, o núcleo brasileiro, responsável pelo aliciamento das mulheres que eram remetidas para a Itália, é formado por Gerusa Maria Raasch Gaiba, que mora em Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do estado, e por Sebastião de Siqueira Cavalcanti, de Guarulhos, São Paulo. Em um episódio isolado, Gerusa contou com a colaboração de Maria Lúcia de Senna para aliciar uma das mulheres remetidas para a Itália.

Tanto o núcleo brasileiro quanto o italiano foram denunciados pela prática do crime de tráfico internacional de pessoas e todos os envolvidos, com exceção de Maria Lúcia de Senna, também vão responder pelo crime de formação de quadrilha. Cada um deles pode pegar, portanto, até 11 anos de cadeia, por delito cometido.

O Ministério Público Federal já solicitou à Justiça Federal o envio de documentos ao Ministério da Justiça para que possa ter início o procedimento de extradição dos brasileiros presos na Itália.