Empresário usou a mãe de 70 anos como “laranja” para fraudar compra milionária na gestão de Edivaldo Holanda Jr
Preso na operação Cobiça Fatal, da Polícia Federal, Alexandre Chuairy Cunha, usou a mãe, Lúcia Maria Chuairy Cunha, de 70 anos, como “laranja” para montar esquema de desvio de verbas públicas em São Luís.
A informação consta no inquérito criminal instaurado para investigar superfaturamento na compra de R$ 3,1 milhões em máscaras feita pela gestão de Edivaldo Holanda Júnior, por meio da Secretaria de Saúde do município, comandada por Lula Fylho.
Segundo o documento obtido pelo Blog do Neto Ferreira, a empresa Precision Soluções Diagnósticos foi aberta por Sormane Silva Santana e Ediane Santos Silva Santana e no dia 31 de outubro de 2019 foi transferida para Lúcia Maria Chuairy Cunha e Teresina de Jesus Neves Bottentuit.
E desde então, a empresa, que é sediada em uma residência sem qualquer identificação, não teve mais movimentações.
Mesmo sem atividades, a Precision ganhou um contrato de R$ 2,6 milhões na Prefeitura da capital maranhense para fornecer máscaras cirúrgicas em caráter emergencial. A compra teve o aval de Lula Fylho.
Com nessas informações, Polícia Federal iniciou uma investigação, onde descobriu que a empresa era de fachada e operada por Sormane Silva com o sócio o oculto identificado como Alexandre Chuairy.
Sobre Terezinha de Jesus, Polícia Federal descobriu que ela é uma profissional do lar e reside em uma quitinete.
Para conseguir operar a Precision sem levantar suspeitas, Alexandre e Sormane confeccionaram três procurações no 6° Tabelionato de Notas de São Luís, onde Terezinha de Jesus passa plenos poderes a eles.
Os sócios tiveram seus bens bloqueados no valor de R$ 2,3 milhões.